Deram as mãos quando saíram do carro e, em silêncio, atravessaram a passadeira de velhas traves de madeira, corroídas pelo sal e pelo vento, que os conduziu à praia já deserta a esta hora.
A lua, num crescente mentiroso, foi cúmplice dos primeiros beijos que trocaram, tímidos, a medo.
– Porque me trouxeste aqui?, perguntou-lhe ela ao ouvido, baixinho.
Ele olhou-a nos olhos.
– Vês este mar? _ perguntou. Foi aqui, nesta praia, que vivi a minha infância, que cresci. Quero que ele seja testemunha do que te quero pedir.
Pegou-lhe no rosto com as duas mãos, encostou-a a si e envolveu-a num abraço tal que se tornaram um só. Depois perguntou-lhe:
– Queres casar comigo?
Subitamente, o sol que já se tinha deitado levantou-se, o mar começou a dançar em ondas de espuma e a areia quente desenhou quadros felizes.
Ela respondeu apenas com os olhos e ofereceu-lhe os lábios e o corpo.
Selaram ali mesmo o amor que os unia.
Publicado por: Ana | Agosto 27, 2006
*Praia do Senhor da Pedra, ontem.
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“Selaram ali mesmo o amor que os unia …”
Como os finais felizes das historias infantis!
Boa semana!
Bjks da matilde
By: Miguel on Agosto 27, 2006
at 9:49 pm
Engraçado o cenário do teu texto… Miramar, Senhor da Pedra onde também eu passei a minha infância. Toda aquela beleza qui nos contagia, os momentos felizes qua lá vivi, que bom!
Bela história com um happy end “selaram ali mesmo o amor que os unia…” envolvida pelo ambiente que os envolvia
Gostei! 😉
Beijoquitas Di
By: sonho on Agosto 27, 2006
at 10:14 pm
O amor não se sela com palavras, mas com sentimentos. As expressões desses sentimos podem surgir de muitas formas.
“envolveu-a num abraço tal que se tornaram um só.”
Gostei muito desta frase.
By: rui-son on Agosto 30, 2006
at 1:54 am